quarta-feira, 14 de setembro de 2011

ÁGUAS DA CHUVA

É preciso construir um sistema para captação, filtragem e armazenamento da água. A captação é feita com a instalação de um conjunto de calhas no telhado, que direcionam a água para um tanque subterrâneo ou cisterna, onde ela será armazenada.

Junto a esse reservatório, é necessário instalar um filtro para retirada de impurezas, como folhas e outros detritos, e uma bomba, para levar o líquido a uma caixa d'água elevada separada da caixa de água potável. Embora não seja própria para beber, tomar banho ou cozinhar, a água de chuva tem múltiplos usos numa residência.
Entre eles, a rega de canteiros e jardins, limpeza de pisos, calçadas e playground e lavagem de carros (gastos que representam cerca de 50% do consumo de água nas cidades), além de descarga de banheiros e lavagem de roupas. Para isso, no entanto, é preciso alterar as tubulações já existentes e construir um sistema paralelo ao da água potável.
Algumas empresas, como a catarinense BellaCalha (www.acquasave.com.br), oferecem sistemas completos de aproveitamento de água de chuva. Eles podem ser instalados em casas e prédios já construídos ou ainda em obras. Nos edifícios prontos, o reaproveitamento será para as áreas comuns, já que o custo de criar uma rede paralela de água em cada apartamento torna a empreitada inviável.

fonte:planetasustentavel.abril.com

aguas

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Casa ecológica

Já imaginou morar em uma casa ecologicamente correta, aproveitando os recursos disponíveis da natureza, e, ainda, diminuindo seus gastos com energia?  Se não, imagine. Essa é a proposta da Casa Eficiente, um projeto em parceria da  Eletrosul, Eletrobrás e Laboratório de Eficiência Energética em Edificações da UFSC (LabEEE/UFSC) cujo objetivo é a eficiência energética, adequação climática e uso racional de água.

Casa eficienteA casa eficiente foi projetada para uma família de quatro pessoas. Ela foi dividida em sete espaços: um banheiro, uma sala de estar/jantar, uma cozinha, dois quartos, uma área de serviço coberta, uma área de recepção. A área útil é de 206,5 metros quadrados. O planejamento seguiu alguns critérios pré-estabelecidos:
•    aproveitar o clima da melhor forma (ventos, raios solares, temperatura e chuvas);
•    usar sistemas alternativos para resfriar ou aquecer os ambientes;
•    priorizar o uso de materiais locais;
•    gasto racional de água;
•    uso de equipamentos com baixo consumo de água e energia;
•    tornar acessível todos os cômodos para pessoas com necessidades especiais.

Ao contrário do que se imagina, a casa eficiente não é apenas cheia de aparatos tecnológicos que fazem com que ela seja ecologicamente correta e eficaz. Sua construção também foi pensada de maneira sustentável, economizando energia e custos e utilizando materiais locais, renováveis e de menor impacto ambiental, como bambus e madeira de reflorestamento (pinus eucalipto autoclavado).

O projeto valorizou  o conceito da arquitetura bioclimática. O interior da residência sempre possui uma temperatura agradável, seja inverno ou verão. Isso porque as janelas bem posicionadas possibilitam a passagem de ar por todos os espaços. Além disso, entre as paredes duplas existe uma camada de lã de rocha, um isolante térmico, que torna o ambiente ainda mais fresco. No inverno, canos com água aquecida passam próximos ao rodapé fazendo uma troca térmica com o ambiente. No lado leste da casa, onde o sol nasce, estão posicionados os dois quartos. Na parte oeste estão localizados os cômodos molhados – cozinha, lavanderia, banheiro –, assim chamados pelo uso constante da água. Com a ação do calor do sol no período da tarde esses cômodos não ficam tão úmidos.
Eficiência energética

Todos os aparelhos possuem um selo de eficiência energética concedido pelo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL), atestando que se enquadram na categoria A em consumo de energia (gasto baixo). Para o consumo de energia renovável são usados módulos fotovoltaicos, responsáveis por converter luz em energia elétrica. Os 30 módulos geram uma média de 2,25 kilowatts por dia, energia suficiente para manter acessas 11 lâmpadas de 40 watts por cinco horas.
Placas fotovoltaicasA casa conta com aquecimento solar da água. Para isso foram utilizados dois conjuntos de placas coletoras, com 1,4 metros quadrados cada e um boiler que permite deixar a água aquecida por até sete dias. Um dos sistemas é destinado ao aquecimento de água para banheiro – economizando no chuveiro - e cozinha e o outro aos quartos.
A água da chuva é coletada pelas calhas, tendo seus primeiros 120 litros descartados por conter sujeira do telhado. A água é armazenada em uma cisterna de cinco mil litros e depois bombeada para uma caixa de mil litros localizada na parte superior da casa. O tratamento é feito à base de cloro e a água posteriormente utilizada no tanque, na máquina de lavar e na descarga do banheiro.

Os vidros nas janelas são duplos com isolamento térmico e acústico.  O gás argônio presente na vidraça faz com que eles não embacem. Todas as lâmpadas são fluorescentes, com consumo energético cerca de 75% inferior ao de lâmpadas incandescentes, que resulta em menor gasto, mas com a mesma eficiência na iluminação. A vida útil destas lâmpadas costuma ser de seis a oito vezes superior em relação às incandescentes.

Somente a construção civil da casa custou 200 mil reais. O preço elevado dos materiais empregados encarecem a obra. No entanto, existem alternativas viáveis como o teto jardim, que ajuda a absorver o calor/frio que entraria na casa. Além de barato, quase não exige manutenção e não entope as calhas do telhado.

Banho de Sol
O alto consumo de energia elétrica no Brasil é um dos principais contribuintes para a degradação ambiental. O projeto Banho de Sol, do estudante de engenharia do Cefet-SC, Carlos Eduardo Gonçalves possibilitou a substituição de chuveiros elétricos por coletores solares em instituições sem fins lucrativos, como creches, orfanatos, asilos, Apaes e hospitais públicos. O projeto teve início em 2002 e abrangeu as regiões Norte, Vale do Itajaí, Grande Florianópolis, Sul, Planalto Catarinense e Serrano e Extremo Oeste. A iniciativa pretende diminuir a demanda de energia elétrica em horários de pico – entre 18 e 21h.
No Brasil, a principal maneira de obter água quente para o banho é por meio do chuveiro elétrico - um dos vilões do consumo de energia elétrica, por ser usado com grande freqüência durante os horários de pico e por ser um dos equipamentos de maior potência instalado em uma casa. Seu uso faz com que todo o sistema elétrico nacional, tanto na parte de geração como na de transmissão e distribuição, tenha que ser super dimensionado para garantir o fornecimento no horário de ponta, o qual coincide com o utilizado para banho. O maior problema causado é a degradação ambiental, uma vez que novas usinas hidrelétricas surgem para abastecer a demanda crescente de energia. Daí a necessidade de se pensar em
formas alternativas de produzir energia elétrica.
A Celesc, empresa responsável pelo projeto, decidiu implementar sistemas de aquecimento solar em instituições sem fins lucrativos. Com mais de 60 instituições contempladas, o projeto proporcionou uma economia de cerca de 70% e ainda conta com o auxílio do Laboratório Solar do curso de Engenharia Mecânica da UFSC e do Cefet-SC. A instalação dos sistemas de aquecimento é realizada por empresas contratadas e por meio de licitação.

Uso da energia solar no Brasil  
Em setembro de 1997 foi feita  a primeira instalação solar fotovoltaica integrada a uma edificação urbana e interligada à rede elétrica pública brasileira. O sistema foi instalado no bloco A do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, em Florianópolis (ver imagens)
No ano 2000, o Labsolar instalou no campus da UFSC outro sistema solar fotovoltaico integrado  a uma edificação. Os 18 módulos estão na fachada norte do Centro de Convivência.
Em 2003 outro sistema foi instalado no campus central da UFSC, no Centro de Cultura e Eventos.
Março de 2006 – casa eficiente.
Em junho de 2009, foram instalados mais três geradores numa parceria entre a universidade federal e empresas do estado. (vídeo projeto Tractebel – ANEEL – UFSC)

Placas Fotovoltaicas de energia

Células fotovoltaicas convertem diretamente a energia do sol em energia elétrica de forma silenciosa, não poluente e renovável. Umas das mais recentes e promissoras aplicações da tecnologia fotovoltaica é a integração de paineis solares em conjunto com a construção civil, de forma descentralizada e ligada à rede elétrica de energia. Essa é a característica fundamental dos sistemas fotovoltaicos instalados no meio urbano: possibilidade de interligação à rede pública, dispensando os bancos de baterias necessários em sistemas autônomos, com um custo de manutenção bem menor.
Estes sistemas são instalados de tal maneira que, quando o gerador solar fornece mais energia do que a necessária para o atendimento da instalação consumidora, o excesso é injetado na rede elétrica e a instalação consumidora acumula um crédito de energia – o relógio contador típico gira para trás. Se o sistema solar gera menos energia do que a demandada pela instalação consumidora, o déficit é suprido pela rede elétrica. Perdas por transmissão e distribuição, comuns ao sistema tradicional de geração centralizada, são assim minimizados

 fonte:www.cotidiano.ufsc.com

DICAS

Integração no local
  • Utilizar pavimentação exterior que possibilite a fácil infiltração e drenagem da água
  • Manter os espaços verdes para permitir a evapotranspiração do solo
  • Evitar o uso de pavimentos betuminosos
  • Escolher plantas e árvores que se integrem no local
Desenho da casa
  • Orientar a casa com a fachada maior a Sul
  • As divisões com a maior utilização orientadas a Sul
  • As janelas sombreadas pelo exterior, a Sul e principalmente a Poente
  • Janelas pequenas viradas a Norte
  • Evitar grandes áreas de janelas
  • Uma boa iluminação natural em todas as divisões da casa
  • Janelas em paredes opostas da casa para permitirem ventilação transversal
Construção da casa
  • Prefira materiais de origem local, como pedras e outros
  • Materiais de origem reciclada
  • Materiais certificados ambientalmente
  • Materiais que possam ser renováveis
  • Não se esqueça que os materiais têm um tempo de vida limitado e que terão um dia de ser substituídos, opte por soluções de fácil renovação
  • Madeiras de origem certificada, geralmente com origem em florestas controladas
  • Isolamento térmico adequado à região, poderá consultar o valor no RCCTE
  • Caixilharias e vidro que promovam a redução da transmissão de calor e frio
  • Caixilharias que permitam ventilarem a casa facilmente
  • Isolamento junto ao solo com materiais que não apodreçam com a humidade
  • Cores claras na fachada e cobertura
  • Evitar tintas no interior que emitam COV’s (compostos orgânicos voláteis)
Equipamentos
  • Lâmpadas de baixo consumo
  • Candeeiros com regulação da intensidade de luz
  • Sensores de movimento em zonas comuns do prédio
  • Electrodomésticos de baixo consumo energético e de água
  • Aquecimento com equipamentos que utilizam materiais renováveis, como a madeira ou derivados da madeira (biomassa, pelletes)
  • Arrefecimento com ventoinhas de tecto e/ou equipamentos energeticamente eficientes
  • Torneiras em que possa ser regulada a quantidade do fluxo de água
  • Torneiras termostáticas, i.e. com escolha da temperatura desejada
  • Autoclismos com capacidade entre 4 a 6 litros
  • Cisternas para aproveitamento de águas pluviais para a rega dos espaços verdes
Energias renováveis
  • Colectores solares térmicos para aquecimento de águas
  • Colectores solares fotovoltaicos para micro-produção de electricidade
  • Míni-turbinas eólicas para micro-produção de electricidade
Resíduos
  • Contentores ou depósitos com separação de resíduos domésticos
  • Contentores com aproveitamento de resíduos orgânicos na produção de adubo para os espaços verdes
fonte:www.ecoarkitek.com

CONSTRUÇÃO SUSTENTAVÉL

Os imóveis sustentáveis mais eficientes, mais econômicos e proporcionando uma melhor qualidade de vida aos seus moradores começaram a representar um percentual cada vez maior nas vendas das construtoras que se dedicaram a este nicho de mercado.

Segundo o casal de arquitetos Juçara Naves e Marc Sánchez a melhor maneira de tornar uma obra sustentável é a partir de um projeto cuidadoso, de qualidade, aproveitando recursos naturais, como a boa orientação e ventilação. Essa é a base para a economia no consumo. Aliás, a boa gestão de uma obra também é fundamental para evitar desperdícios. Os entulhos de uma construção, além da perda econômica, geram um grande impacto ambiental que deve ser minimizado e sempre que possível selecionado e reciclado.

Veja o passo a passo para construir uma casa sustentável:

Na preparação do solo - Sempre que possível devemos respeitar o perfil natural do terreno. Quanto menos movimentação de terra menor o impacto ambiental. Como solução, uma construção elevada, sobre pilotis, torna dispensável o uso de aterro e ainda afasta a umidade do ambiente.

Para erguer as paredes - Há boas opções de tijolo cerâmico com boa eficiência térmica, tijolo de solo-cimento e placas cimentícias. Para interiores, o gesso acartonado reduz desperdícios e, por ser bem mais leve que uma parede de alvenaria, supõe uma economia no dimensionamento estrutural.

Para economizar energia elétrica - As lâmpadas de baixo consumo já são um item indiscutível, que podem ser agregadas a um sistema de aquecimento solar para a substituição do chuveiro elétrico. Também um sistema construtivo em que a alvenaria e o telhado possuam um bom desempenho térmico, reduz a necessidade do uso de ventiladores, ar condicionados ou aquecedores.

Cuidados com a área externa - A área livre deve ser entendida como área permeável. Quando não for área verde, ao menos deve garantir a permeabilidade do solo. A importância desse ponto vai além do que acontece entre os muros de uma casa ou edifício. O não cumprimento desse item desencadeia um problema urbano que está cada vez mais visível nas nossas cidades: o destino das águas pluviais.


fonte:www.ressoar.com 

ÁGUA: CONSUMO SUSTENTÁVEL

Para o consumo de água de forma sustentavél,podemos construir uma caixa de água para coletar a mesma.
Ela pode ser usada para lavar roupas,louças,chão e carro.Ela também pode ser bebida e usada para cozinhar.É sério.Assim que a água cair na caixa é só retirala,coloca-la em garrafas pet transparentes de plástico e ficar de 6 a 8 horas no sol.Assim a água estará pronta para ser usada em tudo que foi citado acima.